26 de mai. de 2010

Ferramentas e modelos de apoio à GQT (TQM)- II

Os Modelos de apoio à GQT ou ferramentas citadas, mostram que a busca pela Qualidade Total adquiriu um caráter mais amplo do que se imaginava há alguns anos atrás. Hoje, o mínimo que um cliente espera é adquirir um produto ou um serviço que satisfaça as suas expectativas. Como falado anteriormente, existem várias ferramentas e modelos de apoio para as organizações implementarem a GQT (TQM), segue outro resumo:

Os 5S (Cinco S)- a equipe de Ishikawa, juntamente com o centro de educação para qualidade no Japão, criaram um programa para o combate às causas de perdas e desperdícios, compostas por cinco sensos, denominado “Regra dos 5S”:

Seiri (utilização)– define os objetos ou documentos em necessário, supérfluos ou desnecessários. Para assim, determinar a melhor localização dos mesmos.
Seiton (ordenação)– cada coisa em seu devido lugar e facilmente localizados por cores e símbolos.
Seiso (limpeza)– trata da inspeção do local de trabalho, indo nas fontes de sujeiras e pontos de falhas e desperdícios.
Seiketsu (bem-estar)– conseqüência da melhoria física do ambiente de trabalho.
Shitsuke (autodisciplina)– de maior complexidade para ser alcançado, pois requer algum tempo para que todos o desenvolvam, uma vez que exige muita educação entre pessoas, meio ambiente e mexe com a cultura e comportamento das pessoas. Esse senso seria suficiente para que a empresa pudesse melhorar o nível de qualidade e produtividade.

Kaizen– "Kai" significa mudança e "Zen" melhor, este sistema visa basicamente à melhoria contínua na incessante busca da eliminação de desperdícios.

Kanban– palavra de origem japonesa que significa cartão ou sinal, que controla transferência de materiais de um estágio para outro através da comunicação visual.

Just-in-Time– sistema que permite a produção de bens e serviços exatamente no momento em que são necessários, visando atender a demanda instantaneamente e com qualidade. Claro, depende da flexibilidade do fornecedor e do usuário.

Benchmarking- colabora para a obtenção de um posicionamento competitivo dos processos e produtos, melhorando um processo existente em alguma organização. Ele estimula a criatividade e possibilita a melhoria das operações para melhor atender os consumidores.

Produção enxuta- é um termo utilizado para descrever a abordagem da Toyota para a manufatura, que visa à melhoria de processo na cadeia de valor integrada, otimizando os processos pela redução de desperdícios. Os principais objetivos são a qualidade e a flexibilidade no processo para ampliar a capacidade de produzir. A criação do sistema se deve a três pessoas: O fundador da Toyota, Toyoda Sakichi, seu filho Toyoda Kiichiro e o principal executivo o engenheiro Taiichi Ohno (Ver Lean manufacturing).

5W1H: O nome desta ferramenta refere-se as primeiras letras (em inglês) dos nomes das diretrizes utilizadas neste processo. Normalmente são seis perguntas básicas a serem respondidas- O QUE, QUEM, QUANDO, ONDE, POR QUÊ e COMO:
5W:
WHAT- O quê? (que ação será executada?)
WHO- Quem? (quem irá executar a ação?)
WHERE- Onde? (Onde será executada a ação?)
WHEN- Quando? (Quando a ação será executada?)
WHY- Por quê? (Por que a ação será executada?)
1H:
HOW- Como? (Como será executada a ação? )
PS: Quando se acrescenta o item "quanto custa" (How Mach), passamos a falar em método 5W2H.

PDCA: ciclo de melhoria contínua de um processo, foi desenvolvido por Shewhart mas levado por Deming para o Japão na década de 50, ocasião em que se difundiu largamente, sendo então conhecido também no mundo inteiro como “Ciclo Deming”. É um método de gestão que propõe abordagem organizada para a solução de problemas ou acompanhamento de um processo. Orienta de forma simples as etapas de preparação e execução de atividades pré-determinadas. Através desse método a melhoria se dá permanentemente, ou seja, há a melhoria contínua. A sua aplicação pode ser feita desde o planejamento e execução de uma simples tarefa, ou um treinamento até um plano de trabalho complexo dentro da empresa, como a implantação de um sistema da qualidade, ou a expansão da produção, etc.

A sigla PDCA vem do inglês: P (Plan) = planejar/ D (Do) = executar C (Check) = verificar/ controlar/ A (Act) = agir, realizar ação corretiva. Sendo:

a) Plan (P): consiste em fazer um plano, estabelecer as metas e os métodos utilizáveis para alcançá-los, empregando para isso um sistema de padrões, além de definir os itens que serão controlados;
b) Do (D): executa-se o processo conforme o planejamento, com pessoal adequadamente treinado; é feita a coleta de dados para a etapa seguinte;
c) Check (C): os dados coletados são comparados com as metas planejadas; nesta etapa também é feita uma análise dos resultados para se definir se há necessidade e quais as ações corretivas necessitam ser implementadas;
d) Act (A): fazem-se as correções necessárias para que os problemas detectados na etapa anterior não se repitam, atuando nas causas fundamentais destes.

Um comentário:

Alisson Pinto disse...

Gisele,
Parabéns pelas matérias postadas, sou um dos idealizadores do Blog Gestão da Qualidade e amo o que faço "Gestão de Qualidade" e esta troca de experiência só tem a agregar valor.